Relatos apontam para ataques e explosões em diversas regiões distintas na Ucrânia. A maioria dos combates ocorreram no leste ucraniano, especialmente ao redor das regiões controladas por separatistas, e ao longo da costa ucraniana no Mar Negro. Houve tambêm registro de explosões perto de Kiev e no extremo oeste do país. "A luta está em andamento pelo aeródromo de Hostomel", disse o chefe das Forças Armadas da Ucrânia, Valeriy Zaluzhny, em comunicado. O aeródromo de Hostomel, localizado ao lado do aeroporto Antonov, fica imediatamente no extremo norte de Kiev, e os combates nesta área são o mais próximo que as forças russas chegaram da capital ucraniana no primeiro dia de sua invasão.O Ministério da Defesa da Rússia comunicou que os miitares russos destruíram 74 instalações militares ucranianas, incluindo 11 bases aéreas. O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, ordenou que os militares ucranianos fossem tratados "com respeito" e afirmou que àqueles que depuserem suas armas serão oferecidos corredores seguros para deixar os palcos de combate.A polícia ucraniana informou que combates estão sendo registrados em quase todo o país. Desde o início desta quinta-feira, a Rússia já teria atacado 203 alvos. O Ministério da Defesa ucraniano afirmou ainda que a Rússia fez prisioneiros durante os intensos combates no leste do país.Ao menos 18 pessoas morreram em um ataque aéreo da Rússia a um quartel na região de Odessa, no sul da Ucrânia, às margens do Mar Negro.De acordo com o Serviço de Estatal de Emergências ucraniano, oito homens e 10 mulheres foram mortos no ataque. Tropas russas cruzaram o posto de fronteira de Vilcha, na região de Kiev, a cerca de 50 quilômetros da fronteira com Belarus, informouo Serviço de Guarda de Fronteiras da Ucrânia."As tropas russas violaram a fronteira estatal. O equipamento bélico do inimigo atravessou o posto fronteiriço de Vilcha", disse a agência, acrescentando que o Exército ucraniano entrou em combate contra os militares russos.Além disso, as tropas russas fizeram vários disparos com lançadores múltiplos de foguetes Grad no posto de controle da fronteira de Mlachivka, a noroeste de Kiev.O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, disse que seu país está sendo atingido por uma segunda onda de ataques a mísseis. A primeira onda ocorreu nas primeiras horas da manhã, logo após o presidente russo, Vladimir Putin, ordenar a invasão da Ucrânia.Centros de comando militar, o aeroporto Kyiv Boryspil e outros edifícios em várias cidades ucranianas foram alvos da primeira leva de ataques a mísseis.tropas terrestres russas estão adentrando o país por diferentes frentes. Em várias regiões do norte e da península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, o exército russo cruzou a fronteira com tanques e outros equipamentos pesados. Explosões já haviam sido ouvidas nas cidades de Odessa e Kharkiv. Segundo fontes de Kiev, mais de 40 soldados ucranianos e cerca de dez civis foram mortos.De acordo com os separatistas do leste da Ucrânia, combatentes de suas fileiras também foram mortos. O chefe da autoproclamada "República Popular de Donetsk", Denis Puschilin, disse à televisão estatal russa que há mortos e feridos entre as forças armadas, mas também entre a população civil.Segundo a Ucrânia, a fronteira com Belarus também está sendo atacada por soldados russos.Além disso, depósitos de munição na região oeste da Ucrânia de Khmelnytskyi e na região sudeste de Dnipropetrovsk foram atacados com foguetes. Uma torre de televisão foi destruída na cidade de Lutsk.O secretário-geral da aliança militar atlântica Otan, Jens Stoltenberg, afirmou que a Rússia "escolheu o caminho da agressão contra um país soberano e independente". O anúncio "coloca em risco incontáveis vidas civis". Stoltenberg ainda descreveu a decisão da Rússia como "uma grave violação das leis internacionais e uma séria ameaça à segurança euro-atlântica". A Otan realiza reunião de emergência nesta quinta-feira.